Vocação - Chamado de Deus


Falamos muito de vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare" (chama?). Assim vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta q responde.
A vida de todo ser humano é um dom de Deus."Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus"(Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós mesmos.
Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus.
Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.

Você é uma vocação. Você é um chamado.

Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos:

  • Deus chama dlretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas.
  • Deus toma a Iniciativa de chamar.
  • Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
  • Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.
Vocação é o encontro de duas liberdades:
  • a de Deus que chama
  • a do Homem que responde
Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra

VOCAÇÃO, entenda melhor.



Vocação à existência -À vida

Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10) 


Vocação humana - Ser gente, ser pessoa


Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos.
Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se perder a condição de pessoa humana. 


Vocação cristã - Vocação de filho, de batizado


Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9) 

Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes: 


Vocação laical (no matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo)


l Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções temporais. O leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão l do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31) 


Vocação ao ministério ordenado (diácono, padre e bispo)


É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11) 


Vocação à vida consagrada  (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou contemplativa)


O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.

Bento XVI saúda participantes do Congresso Eucarístico

Papa_BentoApós a oração Regina Coeli deste domingo, 9, o papa Bento XVI enviou uma saudação ao povo brasileiro pela realização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília (DF). “É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós”, disse o papa ao se referir ao lema do evento.O Congresso Eucarístico começa na quinta-feira, 13, após a Assembleia da CNBB que acontece na capital federal desde terça-feira, 4. O cardeal Cláudio Hummes é o enviado especial do papa para o Congresso.
Leia, abaixo, a saudação do papa ao povo brasileiro.

"Dirijo uma saudação especial ao povo brasileiro que vai se reunir na sua capital, Brasília, para celebrar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de quinta-feira a domingo próximos, com a presença do meu enviado especial, o Cardeal Dom Cláudio Hummes.
No lema do Congresso, aparecem as palavras dos discípulos de Emaús “Fica conosco, Senhor”, expressão do desejo que palpita no coração de todo ser humano. Possais todos vós, pastores e povo fiel, redescobrir que o coração do Brasil é a Eucaristia.
É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós. A sua adoração leva-nos a reconhecer o primado de Deus, pois só Ele pode transformar o coração dos homens, levando-os à união com Cristo num só Corpo.
De fato, ao receber o Corpo do Senhor ressuscitado, experimentamos a comunhão com um Amor que não podemos guardar para nós mesmos: este exige ser comunicado aos demais para assim poder construir uma sociedade mais justa.
Por fim, estando próximo o encerramento do Ano sacerdotal, convido todos os sacerdotes a cultivarem uma espiritualidade profundamente eucarística a exemplo do Santo Cura D’Ars que, buscando unir o seu sacrifício pessoal àquele de Cristo atualizado no Altar, exclamava: «Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!».
E enquanto invoco, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as maiores graças do céu para que alimentados pela Eucaristia, pão da Unidade, se tornem verdadeiros Discípulos Missionários, a todos concedo benevolente Bênção Apostólica"

BRASIL CAPITAL BRASÍLIA

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Por D. Demétrio Valentini 07/05/2010


Espalhados pelos quatro cantos da cidade, com três viagens ao dia, nesta assembléia os bispos têm uma bela oportunidade de conhecer de perto esta cidade sui generis, que é Brasília, a capital do Brasil.Ainda mais os que precisam passar todos os dias em frente ao palácio do planalto, seguindo pela esplanada dos ministérios, até chegar às proximidades da bela igreja dedicada a São João Bosco, o santo que ainda no século passado teria sonhado com Brasília, ao menos assim dizem os salesianos, membros da congregação que ele fundou. Nunca um sonho rendeu tanto como este. Pois já nos inícios da construção da nova capital, todos necessitados das bênçãos de Deus e da proteção dos santos, os salesianos logo se fizeram presentes, e em homenagem ao seu fundador, apostaram de imediato na futura cidade, e assim garantiram espaços privilegiados para implantarem suas obras, traduzidas sobretudo em escolas, mas também em igrejas e santuários. Pois bem, um dos locais mais importantes desta assembléia é a belíssima igreja dedicada a São João Bosco, bem no centro de Brasília, onde por perto se encontra também a sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio, onde se realizam as sessões de trabalho e as refeições.O interessante é que em 1970 a CNBB também realizou sua assembléia em Brasília, para comemorar os dez anos da nova capital. De todos os bispos presentes naquela oportunidade, já não há mais nenhum na ativa. Só está presente D. José Maria Pires, carregando nas costas os seus noventa anos de vida. Daquela vez, a assembléia foi realizada no subsolo da atual igreja de Dom Bosco, que ainda estava sendo construída. E D. José Maria Pires recorda que o próprio Juscelino, que ainda estava vivo, fez questão de explicar aos bispos o traçado da cidade de Brasília. Foi lembrado outro dado pitoresco daquela assembléia de 1970. Era presidente da CNBB o Cardeal Dom Vicente Sherer, arcebispo de Porto Alegre. Pois bem, ele viajou de ônibus, de Porto Alegre a Brasília, para presidir a assembléia. O gesto impressionou a todos, e não deixou dúvidas sobre a personalidade de D. Vicente, simples e profundamente austero.Agora a cidade já tem ares de metrópole. Caminha para os três milhões de habitantes. Até o trânsito está ficando complicado, apesar dos generosos espaços previstos por Lúcio Costa. É um sonho que se concretizou. Muito mais de Juscelino, certamente, do que de Dom Bosco. Brasília está consolidada como a capital do Brasil. Até para facilitar os que precisam saber de cor as capitais dos países, como se fazia nos meus tempos de escola, quando não havia internet nem livros coloridos de geografia como existem hoje. Mesmo os mais esquecidos poderiam lembrar com facilidade: "Brasil capital Brasília". Quando na missa pela manhã foi lembrada a assembléia de 1970, e foi ponderado que dos participantes de então nenhum mais está na ativa, todos ficamos nos perguntando, mais ou menos assim: quando será que vai haver de novo uma assembléia em Brasília... Tão logo ninguém vai querer, não. Mesmo os que já se encontram perto da aposentadoria. Pois bem, desta vez a assembléia leva a marca de Brasília. Em sua homenagem acontecem a assembléia e o congresso eucarístico. Na mensagem sobre o momento político, que será divulgada, toda a perspectiva se situa a partir de Brasília. Os bispos fazem questão de ressaltar: "A própria realização de nossa Assembléia Geral em Brasília, no ano do jubileu de ouro da cidade e da Arquidiocese, quer expressar o apreço por tudo o que significou para a nação o ousado projeto da construção da Capital do País em pleno planalto central. Brasília mostrou que o Brasil é capaz de se projetar para o futuro com as dimensões de grandeza que seu território e seu povo sugerem". E acrescentam:"Mas o jubileu de ouro de Brasília precisa se transformar em oportunidade para que a Capital recupere o seu simbolismo original, e se torne de fato fonte de inspiração para os sonhos de um país justo, integrado, desenvolvido, ecologicamente sustentável e honesto, que todos queremos".

CNBB EM BRASÍLIA

Por D. Demétrio Valentini - 30/04/2010

Desta vez a assembleia anual da CNBB se realiza em Brasília. O costume era outro. Durante trinta anos, o mosteiro de Itaici acolheu as assembleias. A tal ponto que o bairro de Indaiatuba, que leva este nome, acabou ficando mais conhecido do que a própria cidade, cujo prefeito cada ano comparecia na abertura da assembleia, e pedia aos bispos que, por favor, se lembrassem que Itaici é um bairro de Indaiatuba, no Estado de S. Paulo. Desta vez a realização da assembleia em Brasília é uma clara deferência da CNBB para honrar a nova capital do país, que acaba de completar 50 anos de sua inauguração. No mesmo sentido, o 16º. Congresso Eucarístico Nacional, cuja data se emenda à da assembleia, reforça a homenagem que a Igreja quer prestar a Brasília. Na verdade, a intenção é mais ampla. Realizando neste ano na capital do país sua assembleia, e aí celebrando o Congresso Eucarístico, a Igreja quer ressaltar os muitos motivos que ela tem para sentir-se vinculada à história do país, com o qual se identifica de tantas maneiras. Como de costume, a pauta da assembleia é sempre muito carregada. Os assuntos vão sendo recolhidos ao longo do ano. E precisam receber o tratamento de acordo com sua importância. Por isto, engana-se quem pensa que a assembleia vai se limitar ao cardápio proporcionado pelos assuntos na ordem do dia da imprensa. Se necessário, estes também podem receber o tratamento adequado, sobretudo na análise de conjunta que a assembleia sempre faz. Mas não é a imprensa que pauta a assembleia. Ela não vai sacrificar suas prioridades para tratar, por exemplo, do assunto da pedofilia. Basta conferir seu tema central, e os temas que a assembleia caracteriza como prioritários, para dar-nos conta da intensidade dos trabalhos. O tema central tem uma formulação que talvez dificulte a percepção de sua abrangência por parte de quem não está acostumado aos últimos acontecimentos e às recentes orientações pastorais da Igreja: "Discípulos e servidores da Palavra de Deus e a Missão da Igreja no mundo". Acontece que recentemente a Igreja fez um sínodo sobre a Palavra de Deus. A CNBB se mostra pronta a inserir as reflexões do Sínodo no cotidiano de sua vida. A referência aos "discípulos" e à "missão", é para dizer que a CNBB continua mantendo as duas dimensões fundamentais que a Conferência de Aparecia expressou em forma de "discípulos e missionários de Jesus Cristo". Esta a intenção do tema central.Como temas "prioritários": as Comunidades Eclesiais de Base, os cem anos do movimento ecumênico, a avaliação das Diretrizes Pastorais, a questão agrária neste início de século 21.Não podem faltar os diversos temas "estatutários", como o relatório da Presidência e das diversas Comissões Episcopais, através das quais se estrutura o trabalho da CNBB. Será proposta uma declaração sobre a situação política que o país vive neste ano. Portanto, um punhado de assuntos que exigem trabalho, que é realizado com sessões pela manhã, pela tarde e sempre que necessário à noite também. Com isto, a CNBB acaba fazendo, sem o dizer explicitamente, um sério questionamento à burocracia estatal, especialmente ao Congresso Nacional. A CNBB se reúne dez dias por ano, e trata de tomar as decisões que se fazem necessárias. Depois, cada bispo retorna para suas dioceses e leva adiante sua missão, afinado com as orientações da assembleia. Não estaria aí uma boa sugestão para o Congresso Nacional? Por que não faz como a CNBB? Bastariam alguns períodos intensos de trabalho por ano em Brasília, onde seriam tomadas as decisões já amadurecidas junto ao povo nas bases. A continuidade dos trabalhos poderia ser garantida, como na CNBB, por uma Comissão Central que mantém expediente contínuo em Brasília, e se reúne mensalmente para municiar a continuidade dos trabalhos nas bases. Ainda mais com os recursos que hoje a informática nos oferece, os deputados e senadores poderiam se manter cotidianamente informados, com a vantagem de continuarem próximos à realidade do povo, o que sempre é salutar para quem precisa lidar com as esferas da burocracia.Mesmo que não o diga explicitamente, a CNBB reunida em Brasília está clamando por uma radical e profunda reforma nas estruturas políticas, a começar por mudanças substanciais na organização do Congresso Nacional. Para que ele deixe de desperdiçar tantos recursos a serviço de sua inoperância escandalosa.
Fonte: Diocese de Jales

CONGRESSO EUCARÍSTICO

O evento inicia no dia 13 de maio, às 19hs com a Santa Missa de Abertura e encerra no dia 16 de maio com a Missa de Encerramento, que se iniciará às 09h30 da manhã. Ambas as missas serão realizadas na Esplanada dos Ministérios. Estão previstos para os quatro dias de festas: adoração ao Santíssimo Sacramento, celebrações eucarísticas, reflexões, exposições, vigília, palestras e evangelização. O ponto central dos eventos será a Esplanada dos Ministérios, mas a programação envolverá outros locais: Ginásio Nilson Nelson, Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Complexo Cultural do Museu Nacional da República e a Paróquia Nossa Senhora do Lago.

Da Diocese de Jales participarão 10 pessoas:
PE. EDUARDO LIMA
PE. EDVAGNER
PE. GIULIANO
PE. MARCIO LUIZ
PE. MÁRIO
PE. MAXIMIANO
PE. PEDRO
PE. SEBASTIÃO
SEM. RODOLFO
SEM. JUNIOR