Pe. Claudemir fala sobre a Pastoral Vocacional na Diocese de Jales.


            Na década 1950, mais precisamente no dia 12 de dezembro de 1959, foi criada a nossa diocese de Jales. Antes de sua criação, nossa região pertencia a diocese de São José do Rio Preto, onde também funcionava o Seminário Maior, onde estudavam os seminaristas da região. A partir de 1962, os seminaristas menores de nossa diocese foram estudar em Brodoswki, no seminário provincial, e os que estavam na filosofia e teologia estudavam em São Paulo, no Seminário do Ipiranga.
            Nessa época a animação vocacional de nossa diocese era feita pelos padres religiosos que durante longos anos trabalhou uma pastoral vocacional baseada no recrutamento de crianças e adolescentes para o seminário, principalmente pelas congregações religiosas que aqui estavam desde a criação da diocese, assuncionistas, franciscanos, espiritanos e outros, sendo que nosso primeiro bispo Dom Arthur também era religioso.

Pesar do Papa pela tragédia das enchentes no nordeste brasileiro

BRASÍLIA, segunda-feira, 28 de junho de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI expressou sua proximidade às populações do nordeste brasileiro atingidas pelas fortes chuvas e enchentes da semana passada, em que 53 pessoas morreram.
Na quinta-feira, o secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, enviou em nome do Papa um telegrama de solidariedade ao bispo da diocese de Palmares (Pernambuco), Dom Genival Saraiva de França.

SÃO PEDRO E SÃO PAULO

A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, nesse dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano, a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. 

SANTO ANTONIO

Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos. Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália. Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade. 

INTERVALO DE JOGO


O intervalo não muda o placar do jogo, todos o sabemos. Mas muitas vezes é no intervalo que se pode mudar o rumo da partida, por alterações na estratégia coletiva, e até por mudanças na escalação dos atletas.

Nasceu São João Batista

Normalmente a festa de um Santo é fixada no dia de sua morte, que é o dia de seu nascimento para a vida eterna. São João Batista é uma exceção, pois tem duas festas: seu nascimento, em 24 de junho, e sua morte, em 29 de agosto.Por quê?

Me pusestes uma brasa no peito e uma flecha na alma





Acredito que a vocação é um sentimento. Um sentimento que vai se construindo aos poucos, no dia-a-dia. A minha surgiu dos terços que minha mãe rezava com minha tia nas casas que as convidavam. Minha mãe era mais uma daquelas que chamamos de “rezadeira de terço”. Esses terços, de alguma forma cultivavam em mim uma devoção firme na fé que a Igreja pregava isso quando tinha meus 6 ou 7 anos.

A vocação, o chamado amoroso de Deus.


“não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” Jo 15,16



É o chamado de Deus que nos envolve, e que nos envia em missão, o amor de Deus que nos capacita, nos ajuda, e fundamenta a nossa vocação. O amor de Cristo manifestado na cruz, e na vida nova que ali brotou é a semente do chamado vocacional. Chamado a viver o amor a Deus e para com o irmão necessitado, a doar-se por inteiro ao amor de Deus, confiado a todos. 

“Desde o ventre da minha mãe já me conhecia”...


O chamado de Deus em minha vida aconteceu antes que eu nascesse, já dentro do ventre de minha mãe ele me escolheu para segui-lo. Esse chamado foi se desenvolvendo dentro da minha comunidade, na medida em que eu ia me envolvendo com os serviços e atividades dentro da Igreja.


Vários foram os motivadores da minha vocação, principalmente as irmãs dos Santos Anjos, que atuavam em Guzolândia e eram grandes promotoras vocacionais. Foi por meio delas que comecei a refletir minha vocação, participando dos encontros vocacionais, a nível diocesano.
Em 1994 comecei esse processo de discernimento vocacional, refletindo mais concretamente sobre a vocação sacerdotal, “ser Padre”. Foi um longo processo de reflexão ajudado e orientado por diversas pessoas que viam em mim um chamado todo especial, para vida sacerdotal.

A vocação é um chamado de Deus, uma resposta humana e uma relação de amor!


Se precisar definir vocação em uma palavra, não seria outra, senão mistério. Não podemos entender, de modo puramente humano, o sentido profundo do chamado de Deus, a coragem da resposta e a força para a missão. Somos chamados a viver a nossa vocação, mesmo não a entendendo completamente. Sabemos que Deus quis precisar de nós! Que Ele conta conosco! Que faz de nós, seus filhos e filhas, instrumentos de seu amor. 


“Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos!” Essa expressão ajuda-nos a compreender que Deus não abandona aqueles que escolheu, mas os enche de dons e carismas. Assim como fez com os profetas, com os Apóstolos, com os santos e santas ao longo da história, continua a fazer conosco hoje: nos dá a sua graça para que, com o nosso esforço, construamos o Seu Reino. 

Quando surgiu Corpus Christ

No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124 pelo Bispo Albero. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines, perto de Liège, Bélgica, em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses, em Fosses, e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que ela teve da Igreja, sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, a Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos, e a Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja e mais tarde Papa Urbano IV.
O bispo ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ao mesmo tempo, o Papa ordenou que um monge, de nome João, escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu esse costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.
Naquela época, o Papa Urbano IV tinha sua corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade fica a cidade de Bolsena, onde em 1263 (ou 1264) aconteceu o famoso Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração da hóstia fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Hóstia, viu sair dela sangue, que empapou o corporal (pequeno pano onde se apóiam o cálice e a patena durante a Missa). A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conserva o corporal, em Orvieto, onde também se pode ver a pedra do altar de Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre, movido pelo prodígio, e por petição de vários bispos, fez com que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja por meio da bula “Transiturus”, de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes, e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício nesse dia.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou de escrever um ofício – o texto da liturgia – a São Boa-ventura e também a Santo Tomás de Aquino. Quando o Pontífice começou a ler, em voz alta, o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura o achou tão bom que foi rasgando o seu em pedaços, para não concorrer com o de São Tomás de Aquino.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 foi promulgada uma recompilação das leis – por João XXII – e assim a festa foi estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida, a partir da Bélgica, entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declarou que, muito piedosa e religiosamente, foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, em determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Dessa forma, os cristãos expressam sua gratidão por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: ACI Digital

Eucaristia, fonte de todas as vocações

A Eucaristia é o mistério de Cristo vivo e operante na história. Da Eucaristia Jesus continua a chamar ao seu seguimento e a oferecer a cada homem e mulher a “plenitude do tempo”.
A plenitude do tempo se identifica com o mistério da Encarnação do Verbo… e com o mistério da Redenção do mundo: no Filho, consubstancial ao Pai, e feito homem no seio da Virgem, tem início e se cumpre o “tempo” esperado, tempo de graça e de misericórdia, tempo de salvação e de reconciliação.
Cristo revela o desígnio de Deus a respeito de toda a criação e, de modo especial, a respeito do homem. Ele “revela plenamente o homem ao homem e lhe dá a conhecer a sua altíssima vocação” (Gaudium et Spes, 22), escondida no coração do Eterno. O mistério do Verbo encarnado será plenamente revelado somente quando todo homem e toda mulher forem realizados nele, filhos no Filho, membros do seu Corpo Místico que é a Igreja.
 “Quando estava à mesa juntamente com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e o serviu a eles. Então os olhos deles se abriram e o reconheceram. Mas ele desapareceu. Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,30-32).
A Eucaristia constitui o momento culminante no qual Jesus, no seu Corpo doado e no seu Sangue derramado pela nossa salvação, desvela o mistério da sua identidade e indica o sentido da vocação de toda pessoa de fé. De fato, todo o significado da vida humana reside naquele Corpo e naquele Sangue, porque deles nos vieram a vida e a salvação. De qualquer modo, deve identificar-se com eles a existência mesma da pessoa, que se realiza na medida em que, por sua vez, sabe fazer-se dom para os outros.
Na Eucaristia, tudo isso é misteriosamente significado no sinal do pão e do vinho, memorial da Páscoa do Senhor: o fiel que se nutre daquele Corpo entregue e daquele Sangue derramado recebe a força de transformar-se também em dom. Como diz Santo Agostinho: “Sede aquilo que recebeis e recebei aquilo que sois” (Discurso 271 1: Nella Pentecoste).
No encontro com a Eucaristia, alguns descobrem que são chamados a se tornarem ministros do Altar, outros a contemplar a beleza e a profundidade desse mistério, outros a transbordar esse ímpeto de amor sobre os pobres e os fracos, e outros ainda, a captar, na realidade e nos gestos da vida de cada dia, o seu poder transformante. Na Eucaristia, todo fiel encontra não apenas a chave interpretativa da própria existência, mas a coragem de realizá-la a ponto de - na diversidade dos carismas e das vocações - construir o único Corpo de Cristo na história.
Na narrativa dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), São Lucas faz entrever o que acontece na vida daquele que vive da Eucaristia. Quando, “ao partir o pão” por parte do “forasteiro” os olhos dos discípulos se abrem, eles reconhecem que o coração ardia-lhes no peito enquanto o escutavam explicar as Escrituras. Naquele coração que arde podemos ver a história e a descoberta de toda vocação, que não é comoção passageira, mas percepção sempre mais certa e forte de que a Eucaristia e a Páscoa do Filho serão cada vez mais a Eucaristia e a Páscoa dos seus discípulos.
O Senhor Jesus fincou a sua tenda no meio de nós, e dessa morada eucarística ele repete a cada homem e a cada mulher: “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos sob o jugo, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28).
Queridos jovens, ide ao encontro de Jesus Salvador! Amai-o e adorai-o na Eucaristia! Ele está presente na Santa Missa, que torna sacramentalmente presente o sacrifício da Cruz. Ele vem a nós na santa comunhão e permanece no tabernáculo das nossas igrejas, porque é nosso amigo, amigo de todos, especialmente de vós, jovens, tão precisados de confiança e de amor.
Depois de tanta violência e opressão, o mundo precisa de jovens capazes de “lançar pontes” para unir e reconciliar; depois da cultura do homem sem vocação temos urgência de homens e mulheres que acreditam na vida e sabem acolhê-la como chamado que vem do Alto, daquele Deus que chama porque ama; depois do clima de suspeita e de desconfiança, que corrompem os relacionamentos humanos, somente jovens corajosos, com mente e coração abertos a ideais elevados e generosos, poderão restituir beleza e verdade à vida e aos contatos humanos”.

Papa João Paulo II